Rio de Janeiro,
14
Junho
2018
|
16:01
Europe/Amsterdam

Com tecnologia à disposição, brasileiro é o que menos comete erros em viagens entre os latino-americanos

Confundir caminhos e se perder no destino da viagem, pronunciar palavras erradas no idioma local e levar roupa errada na mala são os principais equívocos cometidos pelos brasileiros nas férias.

Cada vez mais os viajantes têm usado a tecnologia da melhor maneira, principalmente para encontrar locais fora da rota turística e verdadeiros achados durante as férias. Porém, apesar de terem seus smartphones e diversos aplicativos na palma da mão, 68% dos viajantes brasileiros admitiram cometer erros durante suas viagens. No entanto, somos os que menos erramos entre os latino-americanos. Ficamos à frente de Argentina (73%), México (80%) e Colômbia (82%). 

De acordo com a mais recente pesquisa da Booking.com, líder mundial em conectar pessoas com opções incríveis de lugares para ficar, os japoneses e os holandeses são os que menos cometem erros quando têm tecnologia: 54% e 59%, respectivamente. Já 8 em cada 10 indonésios (85%) - o número mais alto da pesquisa - disseram se confundir mesmo com o smartphone na palma da mão. A Indonésia é seguida de perto nesse ranking pela Índia (83%) e Taiwan (80%). 

"Não me siga, eu também estou perdido" 

O estudo mostra também que, apesar de estarem conectados e com qualquer informação na ponta do dedo, é muito comum que os viajantes se percam por aí. Quase um terço dos brasileiros (27%) admite já ter entendido mal as instruções e confundido um caminho a ponto de se perder. Ainda assim, os viajantes do Brasil são menos perdidos que os do México (30%), Argentina (31%) e Colômbia (34%). 

Os que menos entendem errado as instruções e se perdem no caminho são os holandeses (15%), os russos (18%), seguidos de perto por belgas e alemães (empatados com 19%). Já os que mais passam por apuros nesse sentido são os viajantes de Hong Kong: metade (51%) admitiu que já se confundiu a ponto de se perder durante uma viagem. Depois vem Taiwan (47%) e os viajantes espanhóis (37%). 

O estudo global com 20.500 pessoas de 28 países descobriu ainda que 2 em cada 10 brasileiros já pronunciaram uma palavra errada no idioma local e 15% já caíram em alguma "armadilha" para turista e pagaram mais do que deveriam. Outras falhas bem comuns entre os viajantes brasileiros são levar as roupas erradas na mala (16%), não ler avaliações antes de reservar uma hospedagem (14%) e ser mal-entendido ao fazer um pedido em um restaurante (13%). 

No entanto, os erros não tiram a graça da viagem, já que os pesquisados dizem ser possível aprender com os erros para ter uma melhor experiência no futuro. Quase metade (46%) dos brasileiros acredita que viajar é isso e errar faz parte e 40% acham até engraçado os perrengues de viagem. 

"Ao infinito e além"

A tecnologia ajuda, cada vez mais, o turista a se tornar um viajante sem limites, ou seja, sem medo de explorar o mundo, aproveitando as oportunidades ao máximo. Segundo o estudo, a maioria dos viajantes brasileiros (81%) usa a tecnologia com frequência para ir mais além em suas viagens, enquanto três quartos (74%) usam para navegar quando estão em um destino desconhecido, 70% para ter dicas sobre o local, 60% para entretenimento e quatro em cada 10 (41%) usam para alterar algo na viagem, já no local. 

Tirar vantagens do avanço tecnológico parece ser a chave para se viajar cada vez mais e melhor. Um em cada cinco (24%) viajantes afirma que pesquisa e planeja muito previamente para terem a melhor viagem possível e um mais de um quarto (26%) acredita que planejar a viagem traz uma sensação de segurança. Porém, 16% acham que planejar ao longo da viagem é a melhor forma de fazer descobertas e 13% gostam do suspense e da espontaneidade que a surpresa traz. 

Geração Z

Já é de se esperar que os jovens de 18 a 24 anos, a chamada Geração Z, tenha uma relação especial com a tecnologia. Para eles, ficar conectado é extremamente importante, inclusive, durante uma viagem. Por isso, quando viajam para um destino remoto, 32% dos jovens disseram não gostar da falta de tecnologia. A surpresa vem do grupo de 55 a 64 anos: 59% deles disseram não gostar da sensação de se sentir isolado do resto do , mostrando que a tecnologia é crucial também nessa faixa etária. 

 

Pesquisa encomendada pela Booking.com, conduzida entre uma amostra de adultos que tenham viajado nos últimos 12 meses/ pretendem viajar nos próximos 12 meses. Participaram da pesquisa um total de 20.500 pessoas (mais de 1000 da Austrália, Alemanha, França, Espanha, Itália, China, Brasil, Índia, EUA, Reino Unido, Rússia, Indonésia e Colômbia e mais de 500 do Japão, Nova Zelândia, Tailândia, Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Hong Kong, Croácia, Taiwan, México, Países Baixos, Suécia, Singapura e Israel). Os participantes responderam uma pesquisa on-line em março de 2018.